eu e minha metade inteira

eu e minha metade inteira
quinta da boa vista, quase ontem

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Todos os nomes

Amo todos os meus nomes.
O Amanda me livrou de precisar de livros de auto-ajuda. Acordo todo dia e penso: viva o dia para ser 'digna de ser amada', pronto , nunca precisei fazer análise!
Guerra, deveria ser o meu primeiro nome. Filha de Ogum, nascida sob o signo de Áries e devota de São Jorgr, cruz credo! Dou muitos bois pra entrar numa briga e por boiada alguma saio dela!
Acho lindo ter o verbo LER conjugado no plural dentro do nome, Lemos. É isso que fazemos, lemos.
E gosto dos outros nomes: Dinha, pra família, que enxerga a doçura onde nem você seria capaz de saber que há! Um antigo amigo me chama de Amandita, uma nova amiga também. É o nome de um doce gostoso. O meu irmão me chama de Manda. Apropriado. Tenho vocação para o co-mando, ou para a liderança revolucionária como diria minha irmã, a negra.
E tiveram os nomes que a crueldade adolescêntica me deram: Bélica, por conta do glossário de um texto na primeira aula de Português na quinta série. Bélica - relativo à guerra. E Nareba, por motivos óbvios e justificáveis. Não amei-os, mas também não os odiei e foram apropriados.
em um e-mail tem: aguerralemos.
Acho lindo! Olha o jogo de palavras: Há guerra? Lemos! ou Iremos à guerra? Então lemos! e por aí vai...
em um livro que li recente e que foi Lê que me emprestou, foi isso que fizeram para sobreviver, havia guerra e  mantiveram-se sãos pela leitura. O livro, sem dúvida, foi escrito para mim!
Não li Todos os nomes do Saramago (ainda) mas li o da Lê. Ter o nome começado por A tem lá suas vantagens (quase troquei o v por f) dentro da ordem alfabética, mas quando abri o livro e vi que o primeiro, O PRIMEIRO nome era o meu, me fiz em lágrimas que só me permitiram voltar a leitura 3 dias depois.

3 comentários:

  1. Amei teu jeito de escrever sem compromisso. Isso dá livro, podes crer!
    Ia postar primeiro na menção feita ao Nando Reis, mas tb não segurei a onda...
    E por falar em onda. Melhor seria que eu tivesse todo como uma Onda no mar, do Lulu, porque, no final das contas, TUDO MUDA O TEMPO TODO NO MUUUNDO.
    Beijo querida!!!!!!

    ResponderExcluir
  2. Se bem que esse nunca foi pra ser livro, o livro mesmo é o de educação. Mas acho que tudo pode virar livro... Eu queria é te agradecer por me deixar perceber que as feridas ainda doem. A vida louca as vezes dá a sensação que não, saber que ainda é tempo de sofrer, faz parte. Vire leitora porque tem mais...

    ResponderExcluir