Esperávamos chover, tinha que ter chovido, e aí pegávamos ervas para fazer chá: cidreira, capim – limão. A erva era a mesma com chuva ou não, mas com chuva nossos pés se afundavam na lama e não tinha coisa mais delícia que essa.
Quando sol, corríamos ou pulávamos elástico. Quando rua, brincávamos na reta do Guandu de parir Macunaíma (seja isso lá o que for).
Salvávamos bode de morrer de fome antes de morrer de corte.
Subíamos na laje da Gláucia.
Comíamos aipim do japonês e nos olhávamos no espelho pequetito que vinha de lá imaginando um palácio nipon.
Enfim, éramos crianças.
Ai meu Deus, que lembranças mais gostosas!! É verdade que só pegávamos as ervas quando chovia, e de noite! Que loucas! E como era gostoso o aimpim roubado do japonês, e aqueles espelhinhos, infinitos. Lembra da fantasia de bate-bola do Anderson, toda enfeitada com eles? Dávamos plantão na porta do centro que tinha os bodes, e os alimentávamos... acho que nossas mães não fazem ideia dessas coisas... Quanta história linda.
ResponderExcluirAi que saudade dessa época prima...época em que ser criança era tudo o que nos importava,época em que nossos problemas eram encarados com bom humor, pois nossos problemas eram o fato de não termos o brinquedo da moda na época vcs (meninas) eram não poder beijar nenhum dos integrantes do New Kids on the Block e por ae vai...tempos idos como dizia Cartola!!!
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