Nesta foto, que roubei do orkut do marcelinho, companheiro dos tempos idos, está uma parte da juventude da década de 90, a que acreditava que iria dominar o mundo.
Eu entendo porque nos partidos de esquerda (nos de direita não me importa - me recuso a acreditar que a juventude se presta a ela) é comum associarem à juventude, uma característica tarefeira.
É compreensível, auge dos poucos anos, hormônios em ebulição. crença inabalável que qualquer atividade (lavar banheiro, vender jornal, grampear folhas) iria deflagrar a revolução socialista mundial.
Hoje sabemos que o papel grampeado só faz as folhas não se despencaram, que o banheiro limpo faz o mesmo ficar limpo, e o jornal vendido não garante nem a leitura do mesmo.
Mas naquele tempo, qualquer ação desembocaria, sem sombra de dúvidas, na revolução permanente.
E tínhamos tanto tempo... Dava tempo... 200 reuniões por semana: grêmio, AMES, fórum, núcleo, comitê, zonal, plenária. E quando sobrava tempo , não sei como, mas sobrava, fazíamos clube de filme, cursos de formação, debates, festas e íamos até a sede, pra ficar por ali, ajudando.
Ter todo o tempo do mundo - é o maior presente para quem, com poucos anos, crê na mudança do mundo.
De tudo ficou muita coisa
De mais especial ficou a Val.
Na foto: Eu, Bê, Marcelinho, Carlinhos, Suzana, Valeska, Rafa, Leila...
ô Dinha, que foto linda, que texto lindo. Era exatamente assim. Eu já fui pra sede ajudar a Teresa a procurar nãoseioquê em uns armários. E fazíamos essas tarefas com tanta fé, que era belo. Lembro das nossas vendas de jornal em porta de fábrica, com o Leandro, e depois íamos pra escola. Da nossa viagem louca pra campanha de bancários em São Paulo, da nossa primeira colagem de cartazes na Ames. Lembra? E disso tudo, o melhor que ficou foi a Val, concordo. Ficou também nossa crença no ser humano, em que algum dia tudo vai ser melhor, mesmo que demore muitos, muitos longos anos. Te amo por tocar tão fundo.
ResponderExcluirE vocês são, sem dúvida, O MAIOR TESOURO que trago daqueles anos. E de tudo ficou muita coisa, de fato. O mais cotidiano talvez seja a forma de olhar o mundo, já que não sei fazer isso sem as ferramentas que adquiri naquele tempo (outras vieram depois). Mil beijinhos com amor.
ResponderExcluirAmo vocês!
ResponderExcluirE eu então? Amo de montão!
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