Vi um menino bem pequetitoco, chorando hoje na rua. Seu pai levava seu irmão no colo e ele ia, meio que arrastado, falando em sua fala miúda e chorosa, uma palavra que compreendi a muito custo. FERIADO.
Seu pai respondia que não era feriado nada, e arrematava: “vambora!”
Oh! Deus! Por que o mês de dezembro inteiro não é feriado?
Existem pessoas (?) que contestam as férias escolares serem tão longas (emendando janeiro com o recesso de dezembro e uma semana em julho).
Quem contesta nunca pisou numa sala de aula.
Não sabe, de jeito nenhum, o que é conviver, durante 200 dias com ideias, sonhos, esperanças, desesperanças, tormentos e angústias de outras 25 pessoas, ou mais, muito mais.
Não entende que são 200 textos lidos, 200 oportunidades de escrita, 200 tentativas de leitura, 200 momentos de reflexão, fora todo o resto.
Foram 200 merendas, 200 recreios e brincadeiras, 200 entradas e saídas, 200 X 200 preocupações, alegrias, choros e risos.
200 esperanças renovadas, e 200 baldes de água fria.
Chega dezembro e minha mente está assim, meio que vazia, de tantos 200.
Dá pra ouvir grilos. E nenhum deles é falante.
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