eu e minha metade inteira

eu e minha metade inteira
quinta da boa vista, quase ontem

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Foi me perdendo na Terra do Nunca que me achei como leitora.
         Pelas mãos de Peter Pan, aos 3 anos de idade, passeava os dedos pela história, deliciando-me com desenhos encantados de meninos perdidos e piratas. Ao fundo a história pairava, saindo da vitrola, o disco era verde, eu achava lindo.
         A história sendo narrada ao fundo, os desenhos e as letras, todos os dias eu via, ouvia, contava para a minha irmã, mãe, pai primos, gatos, e qualquer leitor atento ou desatento, eu simplesmente, amava a história.
         Todos os dias eu “lia”, um dia percebi que não precisava mais da vitrola e passei a ler sozinha, e comecei a ler outras palavras, outras histórias, tudo começou a fazer sentido, lia sem os desenhos, lia tudo o que eu via.
         Na escola tinha a professora e uma cartilha chata do robô Robin, que me faziam ler palavras...Mas as palavras eram tão poucas, as histórias tão mais legais!
         Pra quem perguntasse, eu respondia: “Minha professora é a Denise, quem me ensinou a ler foi Peter Pan.”

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