eu e minha metade inteira

eu e minha metade inteira
quinta da boa vista, quase ontem

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lembro do fusca branco que cabia tantas crianças, lembro de dançar pisando nos seus pés quando eu era pequenina, lembro da paciência sem fim pra ensinar xadrez. Lembro que quase não usava camisa quando tava em casa e que cortava as bermudas para ficarem curtas. Lembro pouco das palavras, o silêncio imperava, das que lembro, o "eu te amo" sempre, sempre.
O apreço compartilhado pela cerveja gelada.
Lembro de uma crise de choro infantil e meu rosto entre suas mãos e ele dizendo: "só tem um motivo porque gosto de te ver chorando: seus olhos ficam ainda mais lindos!" eu devia ter uns 6 anos, e até os 32 ele sempre me dizia isso quando eu chorava, e eu sempre sorria.
Estranho pensar que os próximos anos serão sem ele por aqui, estranho pensar... Os planos pensados, as certezas e dúvidas.
O homem que menos me disse não e que aceitava meus nãos como ninguém...
Aquele que carregava meu nome estampado em seu corpo "como tatuagem".
Meu pai, meu rei negro.

Saudade hoje tá grannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnde!

Um comentário:

  1. Aguenta firme Amanda! A saudade é uma dor que não se cura, mas se acustuma...Com o tempo ela vira lembrança e te faz companhia... bjs

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